novembro 10, 2010

Minhas pequenas vias fluviais e canais que circundam a si mesmos em minha mão, eu costumava ler histórias daquelas linhas. Às vezes vislumbrava o futuro. Havia soldados, botões e dragonas.Havia rosas, violetas e Álamos e Cinzas. Havia beijos à beira-mar, selos postais e envelopes com frágeis cartas . Havia quartos feitos para chorar, quartos destinados para suspirar, quartos com janelas abertas, olhando para o mar, quartos com papel de parede rasgado e lareiras negligenciadas. Existiam os estranhos, alfaiates, inventores e estudiosos. Havia tortuosos adieus e olhares ternos dos olhos tímidos em trens. Havia riso, havia dor, havia música, arte, amor e vida. Havia morte.Havia garrafas com cartas, chás de hortelã e crianças dando as mãos.Havia euHavia você. Havia os nossos dedos entrelaçados, debaixo da terra, debaixo da árvore de salgueiro, se transformando em ossos, se transformando em pó. Havia você.Havia eu. Lá estavam os dois de nós, voando no ar, duas mariposas brancas,costurando a seda, caindo na luz. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário