setembro 28, 2010

Your talking is just a lullaby ,laying me down.

Sitting here on this lonely room,watching the rain play on the roof's tops.The weather is saturated with gray clouds and mist,the same clouds and mist of your eyes.
The tears from my eyes bring me home,pouring down on my face...so I craw underneath my blanket where I can hide away and as long I stay inside it, I can wash away your face.
Looking from a window above,it looks like a story of love...I wonder if you know  that the simple touch of your hand...it bursts everything up.
Air is getting thinner,but I'm trying,I'm breathing.


At least, all this morbid weather its less contrasting with my inner self... decreasing my freaking hermit feeling.


"Frankly, I was horrified by life, at what a man had to do simply in order to eat, sleep, and keep himself clothed. So I stayed in bed and drank. When you drank the world was still out there, but for the moment it didn’t have you by the throat.” - factotum

Me machuquei hoje pra ver se eu ainda sinto.Com o que restou do cigarro,afundei-o contra minha coxa...
Focalizando a dor..é a única coisa real...um buraco de dor.
Você poderia ter tudo isso,meu império de sujeira,de pensamentos quebrados,meu trono de mentiras.
Tudo que eu não posso concertar.
Uma coisa é se apaixonar,outra é se apaixonar pelo intangível,pelo começo de um simples toque,pelo alívio.
Tocar,apaixonar,beber,fumar,amar...são verbos,só isso.

setembro 25, 2010

i'm a mess

Too many guys think I'm a concept, or I complete them, or I'm gonna make them alive. But I'm just a f***ed up girl who's looking for my own peace of mind. Don't assign me yours. - Clementine

setembro 14, 2010

Cinzas e sussurros

Madrugada,a brisa leve entra pela janela subindo sorrateiramente pelas minha pernas.As pontas de seus dedos percorrendo minha pele,por fim enterrando-se delicadamente em meus cabelos,fazendo meus poros eriçarem.
As palmeiras dançam ao vento...encostei meus lábios sobre os seus-macios e cheios de mais para um menino.Enquanto você cantarolava uma canção de ninar espanhola,abafada em minhas têmporas "(...)Usted camina por la tarde y su mirada de tristeza deja sangrar del pecho Una nostalgia, un sueño (..)llegando en una sonrisa pisando en la arena blanca.Que es su paraíso"

A mais doce das tristezas em seus olhos,cansados de toda a merda desse mundo,desejei poder cantar melhor,mais melodiosamente,você já ouviu outros cantarem,cantavam bonito e eu não cantava suficientemente bonito.
Você é meu caos,sinto-me doente por dentro,ao imaginar onde você esteve esse tempo todo,inquieto e sem alívio.Sinto-lhe o corpo perto do meu-todo meu agora.Tudo a nossa volta está ruindo,ruindo.
Você fala comigo febrilmente-como se não houvesse amanhã.
"olhe apenas para mim-não fale"
Afundados em um murmúrio
Sonhando...
Fechados em um sussurro.O dia giranda como uma roda na superficie
Estou doente com o pensamento do seu beijo, de café intoxicante nos seus lábios

Me puxando para fora dali,andamos sozinhos por uma rua cheia de gente ,você me pegou pela mão e dançou comigo,e quando você se foi, beijou meus lábios,me disse que nunca, nunca esqueceria.
Imagens,não poderiam ser apenas imagens.
Boa noite meu querido amante,meu romance sem sorte.

setembro 05, 2010

15 de julho.

Uma sequência de flashes através do alto,raivoso céu.Grossas e pesadas gotas de chuva caem no sujo chão irregular,cheio de folhas secas e galhos.
Ela o segue de perto,segurando uma estranha engenhoca-um dispositivo retangular ligado a uma longa e fina antena. " Você estava certo sobre a tempestade Professor!" ela grita sobre o vento uivante e tambores de chuva.
"Sim,minha Assistente!" Ele chora,voz carregada de excitação,enquanto ele segura o grosso condutor de metal.Ela tropeça em um buraco e ele se estica para pega-la.
Eles tombam na grama seca gargalhando.Ele joga de lado a antena,o cabide de metal,envolvendo seus braços ao redor da cintura dela.O pequeno rádio transmissor cai de suas mãos.

O sol bisbilhota através das copas das árvores.
Ela pensa em sua primeira conversa."Eu moro perto da floresta" ele disse,descrevendo de tal modo que quando ela veio a escalar aquela torta,corrupta escada de caracol,foi como ela a tivesse visto milhares de vezes antes.Como se a escada sempre esteve lá,esperando para recebe-la.Como o quarto bonito,iluminado pelo sol que permanecia sem mobília,vazio na casa,agora preenchido por suas tintas e pincéis.

Ela chamava-o carinhosamente de seu Frankestein,esse homem que era a colcha de retalhos de todas as coisas que ela desejava.Ele lhe deu tantos presentes-não o tipo que se coloca em caixas mas do tipo que a enchia de imaginação,trazendo-a a respiração de uma felicidade inimaginável.Um dia,ele a construiu uma estufa. "Para que eu possa lhe criar pequenas plantas monstruosas" ele explicou.
Ele mostrou-lhe como pegar as borboletas errantes que flutuavam de seus vizinho,quem era suspeito de cria-las para uso cosmético.Ela ouviria com mórbida fascinação enquanto ele descrevia como os indefesos insetos foram cruelmente desmenbrados,antes de suas asas serem trituradas e transformadas em um fino pó
"Seus lábios iriam parecem lindos,pintados com asas de borboletas" ele provocaria ela.

"Nunca!" ela chorava alarmada.

Eles passaram a maior parte de seus dias sozinhos,em seu pacífico santuário,longe de todos os pequenos visitantes que vinham nos finais de semana.Quando o tempo estava bom,eles iam aventurar-se,pelo cais desgastado e piquinique em sua pequena praia.Ele a olharia orgulhoso,maravilhado com o contraste das coisas que ele mais amava nesse mundo.O som da sua música de rock preferida enquando a catarolava animadamente.Ela,com seu pequeno,divertido sorriso em seus pequeninos lábios,seus cabelos de cobre derretido despenteados pela brisa do mar.Ela era diferente de qualquer outra coisa que ele tinha conhecido.






senhor liberdade.

 A origem talvez seja-simbolicamente desumanizante-o tratamento na Antiguidade de um escravo(pela mais severa definição, legalmente nem mesmo uma pessoa)um mero e simples gado,apenas uma entidade biológica de propriedade e venda para uso arbitrário e abuso(como unidade de trabalho agrícola,escravo da casa ou brinquedo).
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 A corda puxa contra seu pulso e tornozelo,deixando-a sem defesa.Sons distorcidos de seu choro sentam-se presos e mudos em sua garganta por um pano amassado.
 Ela havia dito seus votos para ele naquela noite,com fervor,com a cabeça baixa.Entre eles uma união foi forjada,livre de qualquer vinculação religiosa ainda mergulhada em adoração.
Suas costas arquearam de repente com o silvo do metal quente contra sua pele nua.O corpo dele prensado no dela,queimando dentro dela.
Foi um tipo diferente de cerimônia da que eles se comprometeram,poucas horas antes.Pelos anos seguintes,ele iria traçar seus dedos por aquela pequena insígnia a pouco gravada em sua pele e  lembrar do juramento que ela fizera a ele.

 


Casa na árvore

O som de seu choro suave ecoa agora na silenciosa sala,cheio do seu perfume doce e almiscarado.
De cima ele pode ouvir seus pequenos pés alcochoando o chão.
Sua lingua percorre os lábios úmidos belo gosto do corpo frágil e quente dela,uma vez vestido pelas peças de tecido suave espalhados pelo quarto.Como fios de cabelo dela,segurados firmimente em suas mãos,agora vagamente destribuidos pelo lençol amarrotado.
Ele se deita ali quietamente,saboreando o momento.Ela fez como o prometido,ela veio para ficar.

You see, I begged, stole and I borrowed.

A repiração dele desacelera,corpo relaxa enquanto se inclina para baixo desfazendo-se do cinto com os pulsos
.
Está tudo bem?

Ela diz que sim com a cabeça,envolvendo amorosamente seus braços ao redor do pescoço dele.

Ela lhe dá um sorriso sonolento aninhando sua cabeça contra seus ombros.Ele a pega,gentilmente a beija na testa,antes de carrega-la para cama.
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"In one way or another I’ve always suffered. I didn’t know why exactly. But I do know that I’m not so scared of suffering now. I feel more than I’ve ever felt and I’ve found someone to feel with. To play with. To love in a way that feels right for me. I hope he knows that I can see that he suffers too. And that I want to love him."

— Lee Holloway

Bolinhos.

Suas mãos impacientes trababalham lentamente
Desse jeito,ele diz.
Então você mergulha o dedo na gema de ovo.Coloque-o entre a folha e pressione-o firmemente.Ele observa como ela se atrapalha.
A pequena bolsa de massa é estranha em sua mão.
Ela a estende colocando-a ao lado do rosto dele.
Puxando-o para ela,beijando-o calorosamente.
É por isso que eu te amo.
O lado do rosto dele está branco de suas mãos revestidas de farinha.
Isso a faz rir.
Se você apenas pudesse se ver do modo com eu te vejo.
Ele sorri timidamente.
O seu está tão bonito,ele diz.

Ele põe de lado o bolinho de formato estranho.E pega outra folha de massa.

La petite mort

Ainda dentro da floresta. Em uma pequena trilha que a atravessa. Um deslize e você está caindo no barranco. Ainda pontuado por canto dos pássaros. Verde em toda parte. Devemos entrar e explorar pela manhã. Teremos de ser cuidadosos. Cubra sua boca como em um orgasmo. O som viaja aqui.

Solo Show

Eu pegarei seus pensamentos
para torna-los em algo mais permanente
ao escreve-los.

Ela não conseguia manter seus olhos longe dos dedos manchados de tinta dele.
Ela os imaginou desabotuando sua blusa
deixando uma mancha azul sobre o algodão branco.
Ela fingiria ficar aborrecida apenas esperando que a mancha ficasse ali permanentemente
para que ela pudesse olhar para ela mais tarde e reviver as tolices que se seguiram depois. 
Ele puxa a camisola de lã grossa ao longo da minha cabeça.Pequenas faíscas de estática dançam por toda minha pele.
Dói? Ele pergunta,correndo suas mãos delicadas pelo meu corpo quente.
É o seu pequeno show de fogos de artifícios,eu sussuro.


Fredrik: I’m an artist.
Karin: Artist?
Fredrik: Yes, Princess, a thoroughbred artist: a poet with no poems, a painter with no pictures, a musician with no music. I despise ready… made art, the banal result of vulgar effort. My life is my work and dedicated to my love for you.
Through a Glass Darkly (1961)





 

The Village Girl.

Ele se joga nos próprios cotovelos,sorrindo para ela.
Mas acima de tudo,ele coloca uma mão suavemente em sua testa,
'Que imaginação extremamente vívida que você tem!'Seu tom de voz cresce travesso.'Minha pequena menina da aldeia ...'


A lâmpada de parafina cria compridas,alongadas sombras 
que correm para cima das paredes baratas e sujas de terra.
No chão, a palha foi dispersada sobre um colchão improvisado feito de caixas de papelão achatados.
A pobreza e o desespero pesam no ar quente da noite.
Ajoelhada e descalça, a sua nudez coberta por um saco puído
a pequena menina da aldeia implorou.

setembro 02, 2010

"Com uma tal falta de gente coexistível, como há hoje, que pode um homem de sensibilidade fazer senão inventar os seus amigos, ou quando menos, os seus companheiros de espírito?"

Bernardo Soares
(Livro do Desassossego)