agosto 31, 2010

Poema Inconjunto

Sentir a vida covalesce e estiola
Escrevo rangendo os dentes
Por todos os meus nervos dissecados fora
Por toda as papilas,fora com tudo o que sinto.

Tenho lábios secos de vos ter demasiadamente perto
Arde-me a cabeça de vos querer cantar com excesso
Se na verdade sinto o que sinto
Nem sei bem se sou eu quem em mim sente.

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Não sou nada nunca serei nada não posso querer ser nada,
A parte disso tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Quando olho para mim não me percebo,
Tenho tanta mania de não sentir que me extravio
Ao sair das próprias sensações que sinto.
Sentir de todas as maneiras sentir excessivamente
Porque tudo é em verdade excessivo
E toda realidade é um excesso uma violência.
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita
Eu tantas vezes tenho sido ridícula
Absurda,eu verifico que não tenho par neste mundo.

agosto 18, 2010

No cotidiano eu me surpreendo
A caminhar pela casa,sem lágrimas,sem choro,mas gemendo
A dor alfineta cada célula do meu corpo,eu escondo.
Corpo são e mente senil embaralham-se 
Nos porquês dos gemidos entre ecos de amor nos quais caminho.

Tão sem querer porque não sei se quero
Essa causa do sofrimento e não sou eu que impero.
Meu íntimo é que treme
Porque ao teu descaso renunciei.

Exijo que quando tocar-me
Sejam suas mãos carinhosas e sua voz,sons sussurrados.
Fulgente,sutil..e é tudo seu

Para não suceder que se quebre
E ser,jamais pudesse,consertado
Precioso,raro,e muito delicado,
Como se fosse uma alma de menina
E você deu-lhe o nome de amor.