setembro 05, 2010

15 de julho.

Uma sequência de flashes através do alto,raivoso céu.Grossas e pesadas gotas de chuva caem no sujo chão irregular,cheio de folhas secas e galhos.
Ela o segue de perto,segurando uma estranha engenhoca-um dispositivo retangular ligado a uma longa e fina antena. " Você estava certo sobre a tempestade Professor!" ela grita sobre o vento uivante e tambores de chuva.
"Sim,minha Assistente!" Ele chora,voz carregada de excitação,enquanto ele segura o grosso condutor de metal.Ela tropeça em um buraco e ele se estica para pega-la.
Eles tombam na grama seca gargalhando.Ele joga de lado a antena,o cabide de metal,envolvendo seus braços ao redor da cintura dela.O pequeno rádio transmissor cai de suas mãos.

O sol bisbilhota através das copas das árvores.
Ela pensa em sua primeira conversa."Eu moro perto da floresta" ele disse,descrevendo de tal modo que quando ela veio a escalar aquela torta,corrupta escada de caracol,foi como ela a tivesse visto milhares de vezes antes.Como se a escada sempre esteve lá,esperando para recebe-la.Como o quarto bonito,iluminado pelo sol que permanecia sem mobília,vazio na casa,agora preenchido por suas tintas e pincéis.

Ela chamava-o carinhosamente de seu Frankestein,esse homem que era a colcha de retalhos de todas as coisas que ela desejava.Ele lhe deu tantos presentes-não o tipo que se coloca em caixas mas do tipo que a enchia de imaginação,trazendo-a a respiração de uma felicidade inimaginável.Um dia,ele a construiu uma estufa. "Para que eu possa lhe criar pequenas plantas monstruosas" ele explicou.
Ele mostrou-lhe como pegar as borboletas errantes que flutuavam de seus vizinho,quem era suspeito de cria-las para uso cosmético.Ela ouviria com mórbida fascinação enquanto ele descrevia como os indefesos insetos foram cruelmente desmenbrados,antes de suas asas serem trituradas e transformadas em um fino pó
"Seus lábios iriam parecem lindos,pintados com asas de borboletas" ele provocaria ela.

"Nunca!" ela chorava alarmada.

Eles passaram a maior parte de seus dias sozinhos,em seu pacífico santuário,longe de todos os pequenos visitantes que vinham nos finais de semana.Quando o tempo estava bom,eles iam aventurar-se,pelo cais desgastado e piquinique em sua pequena praia.Ele a olharia orgulhoso,maravilhado com o contraste das coisas que ele mais amava nesse mundo.O som da sua música de rock preferida enquando a catarolava animadamente.Ela,com seu pequeno,divertido sorriso em seus pequeninos lábios,seus cabelos de cobre derretido despenteados pela brisa do mar.Ela era diferente de qualquer outra coisa que ele tinha conhecido.






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