agosto 31, 2010

Poema Inconjunto

Sentir a vida covalesce e estiola
Escrevo rangendo os dentes
Por todos os meus nervos dissecados fora
Por toda as papilas,fora com tudo o que sinto.

Tenho lábios secos de vos ter demasiadamente perto
Arde-me a cabeça de vos querer cantar com excesso
Se na verdade sinto o que sinto
Nem sei bem se sou eu quem em mim sente.

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Não sou nada nunca serei nada não posso querer ser nada,
A parte disso tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Quando olho para mim não me percebo,
Tenho tanta mania de não sentir que me extravio
Ao sair das próprias sensações que sinto.
Sentir de todas as maneiras sentir excessivamente
Porque tudo é em verdade excessivo
E toda realidade é um excesso uma violência.
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita
Eu tantas vezes tenho sido ridícula
Absurda,eu verifico que não tenho par neste mundo.

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